Talvez você já tenha ouvido falar em Egun, Contra-Egun, mas nunca se sentiu muito a vontade para perguntar mais a respeito. Isto porque, pasmem, aqui no Brasil, ainda há muito preconceito às religiões de origem africana, uma vez que erroneamente associam-nas a atitudes negativas, ao mal, etc. (Assim como muitos acreditam que o pentagrama é um símbolo do Diabo, quando este é o símbolo da Magia e seus Elementos). Valeu a pena fazer uma pesquisa sobre Egun e Contra-Egun para poder passar para todos de uma forma simples, e com relativa profundidade sobre Egúns e Contra-Egúns.

 EGUNS X KIUMBAS


Muitas interpretações equivocadas vem causando confusões em relação ao significado real dessas duas palavras: EGUNS e KIUMBAS. Por isso, nada melhor do que a informação para lidarmos melhor com algumas perturbações que podem ocorrer ao longo de nossas vidas, vindas do mundo dos espíritos. Vamos lá!
Todo kiumba é um Egum, mas nem todo Egum é um kiumba!

Eguns nada mais são do que os espíritos que já desencarnaram e os kiumbas são exatamente a mesma coisa. Porém há entre eles uma importante e significativa diferença: o nível de evolução espiritual.

Kiumbas são eguns ainda muito rudes e atrasados na escala da evolução espiritual, são considerados negativos, e por vezes, se fazem passar por Entidades de Umbanda, normalmente os Exus, trazendo um ponto de vista muito negativo e inverídico para a Linha dos Exus Guardiões da Umbanda. Esses kiumbas mistificam, deturpam e denigrem a atuação importantíssima dos Exus Guardiões da Lei na Egrégora de Umbanda.

Entre as Entidades, Guias e Protetores poderá variar um pouco o grau de evolução entre cada um deles, podendo haver sempre um que esteja um pouco acima. Mas, com certeza, estas Entidades, Caboclos, Pretos Velhos, Crianças e Exus, já chegaram a um nível de evolução tal que os credenciam a trabalhar dentro da Egrégora de Umbanda, procurando humildemente ajudar e colaborar com as Entidades de níveis espirituais mais elevados, no sentido de auxiliar aos filhos que os procuram, nos momentos em que seus conhecimentos, permissão ou capacidade são importantes para a ajuda no caminho da evolução espiritual durante as reencarnações.

O que acontece com os recém desencarnados, ou seja, eguns é a confusão natural da sua nova condição associada a uma vontade, ás vezes, bem intencionada de ajuda aos que ficaram, por isso, normalmente nas consultas das Sessões ouvimos esses avisos:

” – Você está com o encosto de um egum muito perigoso!”
” – Você precisa fazer uma obrigação para despachar este egum que está complicando sua vida!”

Isso realmente pode acontecer, porque como já dissemos, egum é todo espírito desencarnado que, por ignorância em relação à sua nova situação em que o espírito desencarnado (egum) se encontra, ele fica muito próximo, principalmente de seus entes mais queridos quando em vida e isso acaba tumultuando a vida dos parentes e amigos, principalmente pela interferência provocada pela diferença de padrão vibratório de suas energias. Este egum (espírito desencarnado) precisa certamente ser esclarecido e afastado daquela situação, sendo encaminhado pelos bons espíritos aos locais de tratamento e aprendizado.

É necessário que os níveis de vida mantenham suas independências: o encarnado e o desencarnado, evitando influências onde, na maioria das vezes, mais atrapalham do que ajudam devido ao não preparo que a maioria dos espíritos desencarnados apresentam. Somente após um aprendizado efetivo dos Mestres de Luz e com a devida autorização superior, aí sim podem de forma positiva e benéfica atuar a favor dos espíritos encarnados.

EGUN

O termo Egun é a terminação do nome de Ameiyegun, contudo, hoje em dia são conhecidos mesmos como Egun ou Egungun – ancestrais da sua família ou comunidade- por tal motivo não se escreve Egun com “m” ao final.

Originalmente, a palavra Egun é da língua Yorubá (Nigéria) e significa desencarnado, espírito, alma. Pode ser um espírito sem luz, brando e calmo ou pode ser um espírito sem luz, ruim, zombeteiro, confuso.

Para os Yorubás, a morte não é o fim da vida, pois acreditam que através da reencarnação podem viver novamente em um de seus descendentes. Creem que a vida e a morte alternam-se em ciclos, voltando o morto ao mundo dos vivos, reencarnando em algum membro da própria família. A morte está contida na própria vida e não se separam.

Segundo a simbologia Yorubá, o Egun é a morte que volta à terra visível aos olhos dos vivos na comunidade espírita (normalmente Terreiro) pelas mãos dos sacerdotes munidos de um instrumento invocatório, um cajado chamado Ixan, que, quando batido três vezes no chão ou na terra, faz com que a morte se torne vida. Assim, o Egun está de novo “vivo”.

Nos rituais, o Egun é materializado por uma fantasia adornada com as tiras de pano, e nele não se pode tocar, pois um simples esbarrão nessas tiras é altamente maléfico e danoso, inclusive para os sacerdotes que só podem fazer por meio do Ixan. Tal aparição, é cercada de grande mistério, diferentemente de culto a outras entidades, cujo o transe acontece durante as cerimônias próprias. Já os Egunguns (como também são conhecidos os Egúns) simplesmente surgem no salão, causando espanto aos presentes. Apresenta-se, como citado acima, com uma forma corporal humana totalmente recoberta por uma roupa de tiras multicoloridas, que caem da parte superior da cabeça formando uma grande cortina de panos, não podendo ver quem está sob a roupa. Os Egúns falam com uma voz rouca ou metálica e estridente, bem diferente da voz humana.

Os espíritas não praticantes das religiões africanas, acreditam que os Egúns são espíritos que ainda não adquiriram um grau de consciência e às vezes nem mesmo sabem que estão desencarnados. Que, normalmente, podem se tornar obsessores quando se ligam a algum encarnado para, por exemplo, vivenciar seus vícios materiais (álcool, droga, sexo, etc..) ou por não admitir se afastar de algum encarnado (esposa, filhos, amigos) ou ainda para se vingar de seus inimigos, manipulando atitudes e pensamentos da vítima encarnada.

Ainda para os espíritas, quando um Egun entra no campo vibratório de um encarnado, ele irá sugar a sua energia vital. As pessoas obsidiadas pelos Egúns irão ser “vampirizadas” por eles e não terão consciência disto. Se descoberto ou se suspeitar de influência de Egúns, deve-se mudar a frequência do campo vibratório para que este obsessor não consiga mais perturbar e se desligue da vítima. A primeira atitude é alinhar o pensamento com energias boas. Não pensar em morte, depressão, derrotas, traições, luxúrias… nada que alimente os Egúns com a energia vibratória do pensamento NEGATIVO.

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Suspeita-se de se estar sob influência de Egúns quando sentir uma forte apatia, sentimento de derrota, vazio, não saber mais o que quer direito, angústia, frio, sono, fraqueza, dores pelo corpo, calafrios, indisposição, sentimentos inconstantes, medos: de amar, do futuro, de ser feliz, de ser enganado… Dúvidas, dúvidas e mais dúvidas.

Mas se não houver mudança de postura e atitudes, de nada adiantará qualquer atitude para afastar os Egúns. O pensamento produz o campo vibratório negativo ou positivo.

A oração e os mantras, pensamentos positivos, elevam a vibração energética da vítima e consequentemente, eleva a do Egun obsessor, possibilitando que entidades de luz se aproximem e o esclareça, fazendo-o ter consciência da sua condição.

Este Video mostra a força de um espírito materializado no Culto aos Egungun (ancestrais).
O Culto à Egun ou Egungun veio da África junto com os Orixás trazidos pelos escravos. Era um culto muito fechado, secreto mesmo, mais que o dos Orixás por cultuarem os mortos.
O Egun é a morte que volta à terra em forma espiritual e visível aos olhos dos vivos. Ele “nasce” através de ritos que sua comunidade elabora e pelas mãos dos ojé (sacerdotes) munidos de um instrumento invocatório, um bastão chamado ixan, que, quando tocado na terra por três vezes e acompanhado de palavras e gestos rituais, faz com que a “morte se torne vida”, e o Egungun ancestral individualizado está de novo “vivo”.
Egungun
A primeira referência do Culto de Egun no Brasil segundo Juana Elbein dos Santos foram duas linhas escritas por Nina Rodrigues, refere-se a 1896, mas existem evidências de terreiros de Egun fundados por africanos no começo do século XIX.

A aparição dos Eguns é cercada de total mistério, diferente do culto aos Orixás, em que o transe acontece durante as cerimônias públicas, perante olhares profanos, fiéis e iniciados. O Egungun simplesmente surge no salão, causando impacto visual e usando a surpresa como rito.

Apresenta-se com uma forma corporal humana totalmente recoberta por uma roupa de tiras multicoloridas, que caem da parte superior da cabeça formando uma grande massa de panos, da qual não se vê nenhum vestígio do que é ou de quem está sob a roupa. Fala com uma voz gutural inumana, rouca, ou às vezes aguda, metálica e estridente — característica de Egun, chamada de séégí ou sé, e que está relacionada com a voz do macaco marrom, chamado ijimerê na Nigéria .
Nas casas de Egungun a hierarquia é patriarcal, só homens podem ser iniciados no cargo de Ojé ou Babá Ojé como são chamados, essa hierarquia é muito rígida, apesar de existirem cargos femininos para outras funções, uma mulher jamais será iniciada para esse cargo.

Masculinos: Alapini (Sacerdote Supremo, Chefe dos alagbás), Alagbá (Chefe de um terreiro), Atokun (guia de Egum), Ojê agbá (ojê ancião), Ojê (iniciado com ritos completos), Amuixan (iniciado com ritos incompletos), Alagbê (tocador de atabaque). Alguns oiê dos ojê agbá: Baxorun, Ojê ladê, Exorun, Faboun, Ojé labi, Alaran, Ojenira, Akere, Ogogo, Olopondá.

Femininos: Iyalode (responde pelo grupo feminino perante os homens), Iyá egbé (cabeça de todas as mulheres), Iyá monde (comanda as ató e fala com os Babá), Iyá erelu (cabeça das cantadoras), erelu (cantadora), Iyá agan (recruta e ensina as ató), ató (adoradora de Egun). Outros oiê: Iyale alabá, Iyá kekere, Iyá monyoyó, Iyá elemaxó, Iyá moro.

Os terreiros de Candomblé possuem um local apropriado de adoração do espirito de seus mortos ilustres, esse local é denominado de Ilê ibo aku, casa de adoração aos mortos, enfim todos iniciados no culto aos Orixás.

Os Esa são considerados os ancestrais coletivos dos afro-brasileiros. Seu culto se refere à comunidade em geral. O que destaca o Esa é o fato dele ter-se destacado em vida por servir a comunidade e de continuar atuando em outro plano, contribuindo para o bom desenvolvimento do destino dos fiéis e da casa. O Ilê ibo aku onde são assentados e cultuados os Esa é afastado do templo onde são cultuados os Orixás.

Na linha do Yorubá, qualquer entidade da linha irá identificar a atuação de um Egún e afastá-lo, até mesmo à força, do convívio do encarnado. Ele será enviado a uma “colônia espiritual” de esclarecimento ou será entregue a um Exu (entidade), que através da Lei Maior irá fazê-lo expurgar seus “pecados”.  Normalmente, a entidade esclarece à vítima a forma que este Egun foi atraído para a sua vida e através de conselhos, mostrar quais atitudes, sentimentos  e pensamentos devem ser modificados para que isto não se repita novamente. Poderá indicar um banho para limpar sua aura e talvez alguma oferenda para absorver alguma energia que ficou esvaída. Contudo, como foi dito no início do post, muitos Egúns não fazem mal e nem trazem consequências ruins para as pessoas, são mansos e pacíficos.

O dito banho de ervas não permite o acoplamento de energias negativas ou mesmo limpa a aura dos que estão sob influência de Egúns.

 

Para liberação de Egúns, toma-se uma banho, por 7 dias, do pescoço para baixo e após o banho higiênico à noite, de um chá morno constituído por   Manjericão / Hortelã-pimenta Comigo-ninguém-pode / Guiné / Arruda / Alecrim / Espada de São Jorge . Acende uma vela branca para seu anjo de guarda e faz as orações habituais.

Para os espíritas, normalmente a atuação dos Egúns não chegam para o encarnado através de magia negra; em sua maioria foi a lei da atração. Então, você é o guardião do seu espírito e condutor da sua vida, cuidado com o que você pensa ou com o que você faz.

Muitas pessoas que seguem as religiões africanas, fazem oferendas aos Egúns para que lhes auxiliem em alguns setores de suas vidas, tais como as relacionadas abaixo:

PARA GANHAR DINHEIRO I

Para conseguir dinheiro com ajuda de EGÚN, colocar atrás da porta uma quartinha com água e 9 pedacinhos de coco De nove em nove dias despacha-se a porta e substitui-se a água e o coco .

Ao colocar a água na rua deverá fraciona-la em três partes e cada uma jogada deverá ser pronunciada a saudação: MOJUBÁ, VOS SAÚDO SANTAS ALMAS VENHAM ABRIR MEUS CAMINHOS. Deve ser feito as segundas, quartas ou sextas-feiras.
Se morar em apartamento, vá até a porta e despeje na rua, não precisando ser imediatamente à frente do prédio.

Se estiver chovendo, não é necessário colocar o copo com água e nem despachar.

O melhor horário para este axé é das 21h ás 24 h. Nos locais em que existe mudança do horário no período de verão deverá seguir o horário normal do ano todo.

PARA GANHAR DINHEIRO II

-1 litro de água

-40 pedaços pequenos de macaxeira (mandioca; aipim).

-1/2 cebola média roxa picada

-4 dentes de alho

-1 peito de frango

– sal

-pimenta-do-reino

-salsa picada

-azeite-de-dênde

-Em uma panela cozinhe os cubinhos de macaxeira e o frango. Por 20 minutos. Deixe a macaxeira com a água e retire o frango, e deixe reservado.

-Frite a cebola e o alho com dendê, coloque na panela onde estava a macaxeira, misture bem e amasse com o “socador” de madeira.

-Desfie a galinha e misture com o purê da macaxeira,bem como a salsa picada.

-Após tudo misturado coloque em tigela branca, após enfeite com folhas inteira de salsa.

Despachar numa segunda-feira próximo a um rio, acender uma vela amarela e seis velas de sebo.

PARA SE LIVRAR-SE DE EGUN I

Banhar a pessoa com água de canjica branca, fazer um pacote com os grãos e passar na pessoa. Fazer um pacote com milho torrado.
Passar um pombo do mesmo sexo da pessoa doente, na pessoa e soltá-lo com vida .

Os pacotes são colocados num alguidar e cobertos com outro alguidar emborcado por cima. Colocar em sua volta formando um triângulo três pratos brancos com pipoca e uma vela acesa no centro do triângulo.

Despachar tudo próximo a um rio. Preferencialmente numa quarta-feira.

PARA SE LIVRAR DE EGUN II:

Para livrar-se da perseguição de um ÈGÚN que esteja lhe prejudicando, mas você não o que fazer mal, por se tratar de um parente ou amigo faça o seguinte: pegue três rosas brancas, retire suas pétalas, coloque em uma vasilha e deixe por nove horas elas mergulhadas em água limpa. Cubra o vasilhame com uma toalha virgem branca.

Faça um pacote com as folhas e os galhos da rosa, bote fora.

Acenda uma vela quando fizer sete horas que você colocou as pétalas de molho. Após completar as nove horas lave o rosto com a água das flores. Mantenha sempre os olhos abertos. Pegue as pétalas e a água e jogue no meio fio da rua. Se a vela estiver apagada jogue as sobras dela também.
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CONTRA-EGUN

Já o “Contra-Egun” é um artefato feito para afastar os Egúns. Trata-se de um fio trançado de palha-da-Costa para ser amarrado no braço, impedindo a aproximação do Egun. É bastante utilizado para afastar estes Egúns após obrigação do filho de santo que o recebe guarda consigo como símbolo de proteção. Então, mais que um adereço exótico, o “Contra-Egun” representa um emblema das pessoas que pertencem ao Candomblé ou Umbanda, religiões africanas muito populares no Brasil.

Algumas pessoas afirmam que o “Contra-Egun” pode ser utilizado nos braços, nas pernas ou na cintura. Na verdade, não. O “Contra-Egun” somente pode ser utilizado nos braços. Segundo as tradições mais antigas, ele pertence a Obaluayê. Sua confecção se dá com o corpo limpo das impurezas da carne (sexo) e com rezas de santo feitas durante todo o tempo em que se está confeccionando. Também existe a reza para se colocar o “Contra-Egun” e para retirá-lo da pessoa. Somente as pessoas iniciadas usam o artefato.

O que se usa nas pernas tem outro nome, OPACHORÔ, que também pertence a Obaluayê (Orixá), e nesse, utiliza-se um guizo preso, pois seu barulho espanta os Egúns. Já na cintura usa-se a Umbigueira que representa a ligação direta do iniciado com seu Orixá.
Quando o “obrigado” for iniciado recentemente no Candomblé ou Umbanda é instruído a usar o “Contra-Egun” quando for a lugares propícios a estes espíritos, tais como cemitérios, hospitais, delegacias, presídios, hospícios, fóruns, enfim, lugares tidos como “carregados”. Os mais experientes, quando houver indicação de alguma entidade para o uso do “Contra-Egun”. Também há necessidade de se usar o artefato quando o obrigado se encontrar com doente, que o debilite para o exercício espiritual.
Mulheres grávidas que estejam nos últimos meses de gravidez ou em qualquer mes quando da indicado pela entidade a que é submetida.

As pessoas que não pertencem às religiões africanas e que não podem usa “Contra-Egun”, possuem algumas receitas para quando houver necessidade de ir a cemitério:
deixar um copo com água no portão de casa e quando chegar lavar a sola dos sapatos. Quando isso não é possível, caso tenha que ir direto ao trabalho, por exemplo, deve-se passar em um bar, pede-se água e lava as solas dos sapatos lá mesmo. Quando entrar no cemitério, pede-se licença a quem de direito, entra-se de frente e sai de costas; ou fica-se um pouco distante das outras pessoas, pega-se umas moedas, limpa-se o seu corpo com elas e deixem-nas no portão do cemitério e sai-se de banda.

O uso do contra – egun

O “Contra-Egun” é um traçado de palha da costa trazido ao brasil pelas religiões Afro-descendentes e é geralmente usado nas nações de Candomblé e Umbandomblé. Serve para proteção contra espíritos desencarnados que atuam em baixo astral, desordem, ou em palavras populares: zombetagem. Esse traçado pode ser posto no braço, no tornozelo e/ou na barriga. A escolha de onde colocar estará diretamente ligado a doutrina e fundamento da casa.

Enquanto o filho de santo estiver usando esta proteção, estará imune a perturbação ou até mesmo da aproximação dessas energias que podem ser brandas ou revoltadas e sem nenhuma luz ou causa aparente. É claro que dependendo da energia, se o desordeiro for pagão e instruído (como um quiumba, por exemplo), até mesmo a magia do Contra-Egun pode não ser eficaz, mas no geral, é muito útil para proteção de médiuns, em especial de médiuns iniciantes onde sua coroa está aberta para todo tipo de espírito.

Ainda no Candomblé, costuma-se delegar o uso do Contra-Egun a filhos que estejam em obrigações de cabeça, como exemplo o Bori, e deve-se continuar usando-o durante o tempo estipulado pelo guia e pelo pai de santo. Este instrumento serve ainda para usarmos quando estivermos em um lugar dito “carregado”, tal como: Cemitério, Hospital, Hospício, Presídio, Delegacia, Bares, etc.

Quando estivermos com esse traçado não podemos fazer uso de bebida alcoólica, ato sexual, participar de brigas ou qualquer ato que atraia negatividade ou atue contra o preceito espiritual. É importante ressaltar que ninguém está livre de energias negativas (médium ou não), por isso até Zeladores, Ogans, Ekedjes e outras autoridades de santo usam Contra-Egun.

O Contra Eguns é instrumento ligado diretamente a Obaluaê. Seja pela palha (ponto de força deste Orixá), quanto pela influência em afastar desencarnados (almas), quanto por se tratar um amuleto de feitiçaria. Em algumas casas, este amuleto é ligado ainda aos Orixás: Ewá, Obá, Yansã e Ogum, pois também cumprem seu papel junto a palha e ao afastamento de energias negativas.

É importante lembrarmos que ao usarmos o Contra-Egun, entidades da esquerda (Exus, Pomba-Giras, Exu-Mirins, Malandros na vibração de esquerda, etc) não conseguem se aproximar do médium, então, sendo o médium passista, em gira destas entidades, não se usa este amuleto.

CONTRA-EGUN NA UMBANDA

 

Embora este amuleto seja menos frequente utilizado em terreiros de Umbanda, tem se mostrado muito eficaz, em especial para filhos recém-chegado que ainda estão aprendendo a diferenciar a presença de um espírito de baixa luz dos seus guias.

A palha é escolhida pelo filho e tal como o fio de conta (Guias) deve ser cruzada para que seja ativado seus poderes magisticos. A presença de búzios, nós ou outros tipos de fio podem ser agregados conforme a necessidade de proteção e afastamento de cada filho. Estes elementos podem ser trazidos pelo pai de santo ou pelos guias.

A manutenção destes amuletos se dá através do fumo dos guias, de banho de ervas ou até mesmo de preces, orações e velas. A Umbanda age pela simplicidade e diferente do Candomblé, trata-se de uma religião 100% brasileira que considera fundamentos no catolicismo, religiões Afros, religiões indígenas, mesa branca, etc.

A ativação de um mesmo instrumento, por exemplo “palha da costa” pode ser ativada completamente diferente entre Umbanda e Candomblé, ou ainda, mesmo que seja dentro de uma determinada religião, pode mudar de acordo com cada casa.

INDICAÇÃO PARA O USO DE CONTRA-EGUN

Se você é médium iniciante e fica tonto, perde a consciência, é tomado por pensamentos negativos, tem dificuldade em incorporar seu guia de luz, sente tristeza e sentimentos negativos constantes na gira ou em um determinado lugar, estes são fortes sintomas de que você está precisando da ajuda de um “Contra-Egun”. Procure o pai de santo de sua confiança e i

Sempre que se estiver utilizando “Contra-Egun”, o obrigado está impossibilitado de praticar sexo e de consumir bebidas alcoólicas.

Ou seja, o “Contra-Egun” somente pode ser usado por pessoas iniciadas nas religiões de origem afro.

Já as orações, os mantras e os banhos, podem ser feitos por qualquer pessoa leiga que queira espantar os Egúns maléficos de suas vidas.

Fontes :
Ler mais: http://aldeiacaboclopenabranca.webnode.com.br/news/egum-x-kiumba/
Leia Mais: A Caixa de Pandora: Egun e Contra-Egun
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